Portal Pop3

Exibição de filmes clássicos marca programação do Cine Villa Rica

Apostando na nostalgia, Cine Villa Rica reexibe filmes clássicos no mês de junho

Publicado em 22 de junho de 2022, por Cinema, O Pop de Londrina

As luzes se apagam, o som das conversas é substituído pelo silêncio da expectativa e, claro, pelo som das mãos nos baldes de pipoca. Isso é apenas uma das coisas que tornam a experiência de ir ao cinema única. Outra parte, a mais importante delas talvez, são os filmes; e é apostando na exibição de clássicos com forte apelo emocional do público e para a história da sétima arte que o Cine Villa Rica tem se proposto a reconstruir essa experiência em sua totalidade, dando a chance de novas gerações viverem esse passado.

Na semana de 23 de maio de 2022, foram exibidos os filmes da trilogia clássica de Star Wars, como parte da comemoração dos 45 anos da saga. As exibições foram um sucesso, contando com salas lotadas e até mesmo com a presença de cosplayers. No mês de junho, o espaço voltou a colocar em sua programação filmes antigos. Confira a lista de filmes já exibidos:

  • Meu Primeiro Amor (1991), no dia 16 de junho
  • 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), no dia 17 de junho
  • A Bela e a Fera (1991), nos dias 18 e 19 de junho

(Espaço Villa Rica/Reprodução)

Nós do Portal Pop3 participamos da exibição de 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), e posso garantir que foi uma experiência única! O começo da sessão foi anunciado com os sons cósmicos do icônico “Réquiem”, de György Ligeti. Aos poucos as conversas vão parando, as luzes vão sendo apagadas e a grandiosa sequência de abertura nos é apresentada: ao som de “Assim Falou Zaratustra”, de Richard Strauss, vemos “A aurora do homem”, e o encontro dos ancestrais macacos com o estranho objeto que vai guiar toda a narrativa: o monolito.

Muitos são os momentos memoráveis fornecidos pelo filme, desde as peças de música clássica como a valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss II, nas cenas do segundo ato que envolvem um verdadeiro balé de pouso de naves em estações espaciais e que escancaram para o público aquilo que foi o sonho da humanidade nos idos da Guerra Fria e da Corrida Espacial.

Algumas coisas, porém, estão para além do filme. Uma delas, foi a confusão total da plateia quando o letreiro “INTERMISSION” com a legenda “INTERVALO” apareceu na tela. De repente, ninguém sabia se deveria levantar, se tinha ou não a autorização para conversar sobre o que estavam achando do filme até então ou mesmo se foi um erro de tradução da legenda. Ouviram-se comentários, inclusive, sobre o antigo hábito de se acrescentar pausas em filmes considerados longos para a época. Essa dúvida toda porém durou apenas 10 minutos e a pausa estrategicamente colocada por Kubrick em uma quebra da sequência de acontecimentos foi mantida em todas as remasterizações recentes do filme.

(Espaço Villa Rica/Reprodução)

As conversas no pós-sessão são outra parte inesquecível da experiência. Nem todos ali estavam familiarizados com a obra, ou sabiam o que esperar, e 2001 é um daqueles filmes que não entregam tudo ao espectador de mão beijada. Mas quem sou eu para analisar um clássico dessa dimensão não é mesmo? Só posso recomendar que assistam e tirem suas próprias conclusões.

Ainda da tempo de ter essa experiência! Confira os filmes que ainda serão exibidos: no dia 24 de junho Nascido Para Matar, de 1987, e O Iluminado, de 1980, finalizando o Ciclo Kubrick no dia 01 de julho.

Tags: , ,
Gosto de música, cinema, artes em geral e de um bom pudim. Membro e pregador fiel da religião "Equilibro é tudo." Sou graduado e atualmente mestrando em Geografia.