Mubi: 10 filmes populares e aclamados para ver no streaming

Se você quer assistir aos queridinhos da vez, o Mubi tem uma seleção de filmes digna de festival de cinema. Nesse sentido, a plataforma tem uma curadoria que literalmente agrada gregos e troianos, mas pode ser um verdadeiro desafio saber por onde começar. Pensando nisso, o Portal Pop 3 preparou uma lista de filmes para ajudá-lo. Confira!

1. Aftersun (2022)

O primeiro da lista foi escolhido por conseguir agradar à crítica e ao público. O filme conta a história de um pai (Paul Mescal) e uma filha (Frankie Corio) que vivem suas férias em um hotel um pouco decadente na Turquia. O filme é cheio de melancolia e, em muitos momentos, as imagens são bastante poéticas.

• Aftersun constrói retrato belo para uma memória agridoce (Crítica)

Isso o torna um filme sensível digno de uma grande estreia na direção pelas mãos de Charlotte Wells. Para os amantes de montagem, esse é — sem dúvidas — um grande filme. Blair McClendon recorta o filme trazendo as lacunas da memória e a proteção do tempo diante de um fato recordado. Por fim, vale a pena destacar que as atuações de Paul Mescal, de Normal People, e Frankie Corio, estreante, são inteligentes e comoventes.

2. Drive my Car (2021)

(O2 Play/MUBI/ Reprodução)

De Ryusuke hamaguchi, é uma estreia de 2021. O filme teve uma grande recepção, levando o prêmio mais importante de roteiro em Cannes. A trama do filme é sobre um dramaturgo, Yusuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), recém viúvo que encontra em sua mais nova peça uma forma de superar o luto. Nesse ínterim, todos os personagens do teatro são interessantes, em especial Lee Yoo-na (Park Yu-rim), a única atriz sul-coreana e surda. Além dos atores da peça, parte da trama também se desenvolve da improvável amizade entre o dramaturgo e sua motorista Misaki (Tôko Miura). O filme é surpreendente e muito bem realizado. Ele é uma boa indicação para amantes de drama, teatro e filmes sensíveis.

3. Shiva Baby (2021)

(MUBI/Reprodução)

Essa é uma das grandes apostas do Mubi, o filme teve sua estreia direta na plataforma de streaming. Com uma direção estreante, mas sagas pelas mãos de Emma Seligman, o filme é divertido e dramático na medida certa. Sua trama traz Danielle (Rachel Sennott) uma judia nada ortodoxa bissexual, que quer viver a vida em paz longe da tradição religiosa de sua família. No entanto, ela é obrigada a ir em um shivá, período de luto no judaísmo, nesse evento Dani se envolve em várias situações tragicômicas. O filme é uma aposta para quem ama histórias em espaços restritos com roteiros bem dialogados. 

4. Matthias & Maxime (2019)

(MUBI/Reprodução)

Dirigido por Baby Cannes e Xavier Dolan. Embora não seja o meu preferido do realizador, o filme é bastante sensível, instigante e nostálgico à medida que conta a história de dois amigos de infância, com sua sexualidade em dúvida, após um beijo cenográfico. Matthias (Gabriel d’Almeida Freitas) e Maxime (Xavier Dolan) se descobrem diante do amor, o que nem sempre é fácil. O filme vale a pena pela forma como a mise en scène se instaura entre os atores e os demais. Para quem nunca viu nada de Dolan, essa pode ser a porta de entrada.

5. Abraça-me com Força (2021)

(MUBI/Reprodução)

Esse é um filme de Mathieu Amalric, diretor de O Quarto Azul (2014). Nesse drama familiar, encontramos Clarisse (Vicky Krieps) em uma fuga desesperada para longe de seu marido e filhos. O filme traz uma montagem fragmentada em que a memória e os sentimentos se misturam aos acontecimentos. Ele é um filme para os amantes de dramas familiares, novas descobertas e tentativas de se reencontrar.

6. Memória (2021)

(MUBI/Reprodução)

Esse aqui é o primeiro longa-metragem dirigido por Apichatpong Weerasethakul fora da Tailândia. O diretor, ganhador do Palme d’or com O Tio Boonmee (2010), retoma para mais um drama desconcertante e, de alguma maneira, minimalista. Tilda Swinton vive Jessica Holland uma orquidófila, uma classificação de botânica que estuda em especial as orquídeas. Nessa viagem a Bogotá, Holland é perturbada durante à noite por um barulho misterioso. Esse barulho a faz mergulhar em um mundo desconhecido entre as aldeias e a floresta. Ele é uma aposta para fãs de cinema de mistério ou dramas mais intimistas que evocam uma experiência estética.

7. Crimes do Futuro (2022)

(O2 PLAY/Reprodução)

Esse longa marca a volta do diretor David Cronenberg ao body horror e à ficção científica distópica. O filme se ancora na — quase — impossibilidade do fim do capitalismo e em um futuro entendiante no qual os seres humanos são incapazes de sentir dor, por isso, buscam na perversidade ou fetiche uma forma de fugir no tédio.

No entanto, se você for o espectador de A Mosca (1986) e  ExistenZ (1999), não recomendo esperar muitas semelhanças. Neste longa em questão, o diretor parece ter se apegado mais a estética do que a narrativa em si. Ele, entretanto, ainda vale a pena ser visto, se não for pelo nome do diretor, pelos atores consagrados em tela: Viggo Mortensen (Senhor dos anéis) e Naomi Watts (Cidade dos Sonhos), Kristen Stewart (a Bella da saga Crepúsculo) e Léa Seydoux (Azul é a cor mais quente).

8. Titane (2021)

(MUBI/Reprodução)

Titane, o novo filme de Julia Ducournau, também é um body horror, instigante, aterrorizante, cheio de reviravoltas. O filme foi aclamado com o prêmio mais importante do cinema, o Palme d’or, em 2021. O filme é uma indicação para apaixonado por tramas complexas, carros, metáforas e sangue. Sua história gira em torno de Adrian (Agathe Rousselle) uma mulher com sérios conflitos familiares, louca por carros, e com uma predisposição para matar. Sua vida muda ao encontrar com Vincent Lindon, um homem condenado pelo seu passado. Apesar dos horrores da vida, a dupla encontra um certo reconforto um no outro.

9. Lamb (2021)

(MUBI/Reprodução)

O próximo da lista é o primeiro longa-metragem de Valdimar Jóhannsson. O filme é um horror em torno do luto de um casal que acabou de perder a filha. A vida do casal muda ao se depararem com um bebê ovelha, cujas características são parecidas com as da filha perdida — pelo menos na cabeça deles. O longa se instaura como um horror em torno da maternidade/paternidade e de paisagens isoladas na Islândia. Sem dúvidas, é um filme para amantes do gênero, mas que traz um drama digno de filmão. Lamb levou o Prêmio de Originalidade em Cannes.

10. Annette (2021)

(MUBI/Reprodução)

Por fim, Annette é um musical dirigido por Leos Carax, diretor de Holy Motors (2012). O filme conta com Adam Driver e Marion Cotillard em um estado de euforia cantante. Os atores vivem um casal perturbado pelo estrelado, cujas aspirações vão recair sobre a filha deles, Annette. Presos em sua ópera particular, o casal irá as últimas consequências para poder interpretar um bom ato final. O filme é empolgante, dramático, sabe misturar a relação lírica e dramática em boa medida. Ele é uma recomendação para amantes de musical, conflito familiar e finais improváveis.

Gostou? Continue ligado aqui no Portal Pop3 para receber mais recomendações interessantes como essas!