O Três Mosqueteiros: D’Artagnan é uma digna adaptação da época das Monarquias (Crítica)
Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan, uma adaptação do romance de Alexandre Dumas, um filme francês contemporâneo com Vincent Cassel, Eva Green e Vicky Krieps no elenco
Publicado em 20 de abril de 2023, por Amanda Bonfim • CríticasOs Três Mosqueteiros é uma história tão conhecida quanto a do Rei Arthur, e, por isso, há muitas adaptações cinematográficas. Essa, porém, é uma adaptação bem diferente, já que sua história é dividida em duas partes, com o primeiro filme focado na história de D’Artagnan.
O longa-metragem começa em 1627, com a chegada de D’Artagnan (François Civil) em Paris. Ele chega, de noite, há uma movimentação, onde ele deixa seu cavalo e no pátio onde está uma carruagem. Até que um combate começa, D’Artagnan vai até lá ajudar a donzela que ele vê entrar na carruagem. Sem saber muito o que fazer e quem defender, D’Artagnan ajuda da mesma forma, o que o faz quase ser morto.
No outro dia, D’Artagnan vai até a sede dos Mosqueteiros do Rei Luiz XIII. Lá ele vai até o mentor dos mosqueteiros e leva a carta de recomendação que seu pai, como eles se conhecem, D’Artagnan consegue entrar para a academia. E nesse meio tempo e por sua arrogância, D’Artagnan consegue arrumar confusão com três mosqueteiros diferentes, Athos (Vincent Cassel), Aramis (Romain Duris) e Porthos (Pio Marmaï). Ele combina um duelo por horário, porém duelos estão proibidos pelo Rei, então a guarda real vai até eles. O que começa um combate pelas suas vidas e assim D’Artagnan, cada vez mais, fica mais próximos dos Mosqueteiros e do Rei.
Mesmo sendo uma história dividida em duas partes, o roteiro é bem escrito e a história consegue ser bastante dinâmica. Como se passa pré guerra entre França e Inglaterra, há muita conspiração, intriga, trapaça, o filme fica muito interessante de se ver. Além disso, o elenco do filme é muito bom e instigante, junto de Vincent Cassel, há as participações de Eva Green, Vicky Krieps e Louis Garrel, que trazem performances incríveis.
Por se tratar de um filme de época, algo que sempre chama atenção é o figurino. Nesse filme, o figurino está incrível e consegue trazer o glamour de que a Corte Francesa é conhecido. Inclusive Anne (Vicky Krieps), a Rainha da França, tem um colar de diamantes que não se passa desapercebido, não só por ser reluzente, mas sim pela beleza de seu design. Os figurinos de Eva Green refletem muito sobre a personalidade de sua personagem, Milady. A vestimenta característica dos mosqueteiros também traz uma elegância muito grande. A arte é incrível até porque se for pensar, talvez nem todos os cenários de castelos podem ter sido em castelos de verdade. E pensar que eles podem ter sido construídos é mais incrível ainda.
A fotografia é simples até que as cenas de luta e combate acontecem, então a fotografia traz o plano sequência. Achando que através do plano sequência a luta vai ter um dinamismo a mais, se fosse em uma única cena de luta, talvez acontecesse isso. Mas não é o que acontece. Todas as cenas de luta tem o plano sequência. O que fica cansativo, pois a história já é dinâmica por si, se houvesse em cenas que houvesse uma tensão por estar acontecendo uma conspiração e ser feita através do plano sequência. Iria ficar mais interessante que uma cena de luta que já há bastante coisa acontecendo. É só um artifício sendo usado que parece estar ali só para dizer “olha o que eu fiz”.
Apesar disso, até porque há inúmeras outras coisas muito boas, o filme é bom e interessante, um roteiro bem escrito que te faz ficar preso na história querendo saber o que vai acontecer e angustiado com o que pode vir a acontecer. Um elenco incrivelmente competente. É um filme que vale a pena ser assistido.

Nota: 3.5
