Reinfield: Dando o Sangue Pelo Chefe é um pastelão divertido com dois Nicolas (Críticas)
Renfield: Dando Sangue pelo Chefe é a mais nova adaptação de Drácula para as telas de cinema e traz uma certa inovação à sua forma de contar sua história
Publicado em 26 de abril de 2023, por Amanda Bonfim • CríticasO famoso Conde Drácula já possui inúmeras adaptações e Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe é a mais nova adaptação do senhor dos vampiros, porém com uma roupagem nova. Nela, os espectadores acompanham a história sendo contada por meio de seu servo fiel: neste caso, Renfield. É exatamente isso que traz uma inovação para os amantes de Drácula.
O filme é narrado por Renfield (Nicholas Hoult), servo do Conde Drácula (Nicolas Cage), contando como que eles chegaram ali, pois o Conde Drácula não estava no seu melhor estado, então ele precisa trazer sangue de inocentes para Drácula beber. Até que Renfield, no mundo moderno, passa a frequentar um grupo de apoio e, no meio desse caos todo, o personagem tenta se livrar de seu mestre abusivo e narcisista.
Trata-se de uma história estranha e ao mesmo tempo atual com todo discurso sobre os relacionamentos que está tendo. Mesmo sendo um tanto estranha, McKay e Ridley, diretor e roteirista respectivamente, abraçam essa estranheza e a transformam em uma comédia divertida. Desse modo, o filme como um todo consiste em um grande alívio cómico, não se levando a sério em nenhuma sequência. E escrevo isso no sentido de que eles sabem que a história não é complexa de se entender e que essa estranheza sem a comédia poderia ser muito ruim. Além disso, a personagem de Awkwafina personifica ainda mais esse elemento, já que ela é conhecida por fazer filmes de comédia em sua maioria. E Nicolas Cage e Nicholas Hoult são coringas nesse gênero também.
A direção de fotografia é bastante simples e, de certa forma, não há muitos movimentos de câmera, já que há diversos efeitos práticos de maquiagem e de dublês para a coreografia das cenas de luta. Então, para não haver muita informação para o espectador trata-se de uma decisão boa. Em contrapartida, todo o departamento da arte é bem realizado desde cenografia até prostéticos. O sangue, por ser um filme mais slasher, não é real, porém não faria sentido criar um sangue mais realistas com as mortes doidas. Cada elemento se encaixa perfeitamente no universo do filme.
Algo que se destaca bastante é a colorização do projeto, pois em diversos momentos o clima muda, de algo mais amarelado, quente, para um clima esverdeado ou azulado, e assim vai. E toda essa construção fazendo parte da narrativa. Se você é fã de Nicolas Cage, Awkwafina, filme de terror cómicos, muito sangue, esse filme é perfeito para você. Com certeza irá rir, se divertir assistindo!

Nota: 3
