5SOS5: Novo álbum de 5 Seconds of Summer apresenta som maduro e vibrante (Review)

Lançado oficialmente no dia 23 de setembro, o quinto álbum de estúdio de 5 Seconds of Summer, o 5SOS 5, engloba o amadurecimento da banda com melodias experimentais e letras maduras de maneira perfeita.

Composto por 16 faixas na versão standard e 19 na versão deluxe, o 5SOS 5 é o primeiro álbum independente da banda australiana, que após comemorar seus 10 anos de carreira em 2021, decidiu tomar o controle de sua música. Com a Capital Records apenas como distribuidora dos discos, toda a produção ficou por conta da banda.

Neste álbum, o grupo se intensifica na cena alternativa do pop e do pop rock, que vem se desenvolvendo desde 2018, com o incrível terceiro álbum Youngblood, 5SOS se provou uma banda versátil e madura, o que só foi confirmado em CALM, mas em 5SOS 5, eles elevam um pouco o nível. Fugindo do que o pop vem apresentando atualmente, eles voltam para sons mais ligados ao início de Coldplay e The Killers, um pouco de U2 e Two Door Cinema Club, meio vintage, meio anos 2000, mas com um twist muito único e original.

A banda se afasta um pouco do tom mais obscuro do último álbum, CALM (que para esta redatora é um álbum que merece mais do que as pessoas dão a ele), com letras que embora sejam reflexivas e intimistas, apresentam certo otimismo, com sons mais claros e vibrantes.

A produção de Michael Clifford, compositor, guitarrista e membro da banda, na maioria das faixas, mostra que 5SOS está pronta para tomar as rédeas de sua música. Como afirmado pelos meninos em grande parte das entrevistas de promoção do álbum, ninguém conhece melhor a banda e a música deles do que eles mesmos, então faz muito sentido que a produção fique nas mãos deles.

O som do álbum não é desconexo e nem 100% coeso, o que faz parecer um álbum experimental, mas tematicamente, as letras são interligadas, com músicas fazendo referências às outras e às músicas de álbuns passados. Em 5SOS 5, é como se toda a história dos últimos 10 anos da banda fosse culminada em um único álbum, com as referências sonoras a eras passadas sem comprometer o som novo, que mistura um pouco de tudo do que a banda gosta e no que a banda se inspira.

Grande destaque aos singles, “COMPLETE MESS”, “Me Myself & I”, “BLENDER” e o último single promocional, “Bad Omens”, que são letras bastante reflexivas e pessoais com melodias originais, cativantes e dinâmicas.

 

 

Além dos singles, as melhoras faixas do álbum são “CAROUSEL”, “Older”; que apresenta um som completamente diferente de tudo no álbum, com uma vibe mais antiga e um toque moderno; “You Don’t Go to Parties” é uma música simples, mas muuuuito chiclete, “Flatline” é uma das maiores e melhores surpresas de toda a discografia da banda.

Com pop, rock, um pouco de synth, um toque de emo, elementos eletrônicos, sons ambiciosos, vocais impecáveis e letras bem feitas. Longe de ser um álbum perfeito, 5SOS 5 é um álbum bom, dinâmico e com um grande fator de reprodução (meu Spotify que o diga nas últimas semanas).

A verdade é que com 5SOS 5, a banda australiana de meninos de 15 anos que ficou famosa no YouTube em 2011 e foi chamada para abrir shows de One Direction, mostra que não tem medo de experimentar, de se divertir sem muita preocupação e principalmente, que não tem medo do seu passado. Longe do estigma ridículo ao redor da palavra “boy band”, 5SOS, que é uma banda mesmo, não se entrega ao mesmismo e entrega aos seus fãs, um pouco para todo mundo de maneira grandiosa e madura.

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