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PittyNando: uma experiência de espetáculo marcante em Curitiba (Review)

Turnê que envolve Pitty e Nando Reis desembarca em Curitiba e apresenta uma série de hits para os fãs eufóricos

Publicado em 4 de novembro de 2022, por O Pop de Curitiba

No última sexta-feira (29), Pitty e Nando Reis desembarcaram em terras curitibanas para mais um show da turnê PittyNando: As Suas, as Minhas e as Nossas, cuja união dos nomes de ambos os artistas cria um gerúndio extremamente criativo para essa que é uma turnê recheada de hits. Marcado para as 23h30 no Live Curitiba, um espaço que eu nunca havia pisado anteriormente, desde o momento em que coloquei os meus pés para dentro, senti que o local era bastante apropriado para um show de rock. A estrutura me surpreendeu, bem como a organização do espaço, repleto de placas informativas e até mesmo espaço para que fotos fossem tiradas.

Com a minha pulseirinha da pista premium (ok, um pouco privilegiado, confesso), me dirigi até o palco, onde busquei pelo melhor lugar possível em meio a tantas pessoas. Uma playlist de rock brasileiro tocava naquele momento e clássicos de bandas como Capital Inicial, Skank, Paralamas do Sucesso e Los Hermanos, por exemplo, faziam sala para o público. Obviamente, quando algum hit tocava, todos cantavam a plenos pulmões, como foi o caso de “Anna Júlia”, “Fátima” e “Vou Deixar”. Nitidamente, havia muitos casais (héteros e sáficos) agarradinhos no aguardo do espetáculo começar. Como estava sozinho, segurei a ansiedade e fiquei atento ao início do show.

(Portal Pop3/Reprodução)

Um pouquinho antes de tudo começar, uma briga por visibilidade acontecia bem ao meu lado. Mas tudo bem, quando o vídeo introdutório da apresentação se iniciou, não havia mais briga que impedisse o público de gritar. As vozes estavam recepcionando Pitty e Nando Reis que, de lados opostos, se dirigiam ao centro do palco para saudar o público e tocar a primeira canção, justamente a homônima à turnê. Embora desconhecida pela maioria, todos aplaudiram e ficaram animados com o que estava começando ali próximo das 00h de sábado (29).

Ao final, o que se assistiu foi uma sucessão de hits. Pitty e Nando se revezavam em canções como as clássicas “Admirável Chip Novo”, “Do Seu Lado”, “Memórias”, “Me Diga”, “Sou Dela” e “Semana que Vem”. Na maioria das vezes, uma música puxava a outra, como foi o caso de “Memórias”, que puxou “Me Diga”, por exemplo. Assim, na sequência, Nando cantava uma de Pitty e vice-versa. Não é preciso nem dizer que o público cantava todas, não é mesmo? E embora houvesse mash-ups, boa parte da setlist foi tocada de maneira singular.

Um grande destaque vai para a sequência “All Star”, “Temporal”, “Por Onde Andei” e “Equalize”, nas quais pude sentir que o público estava vibrante com cada novo acorde. Pitty iniciou com “All Star”, uma música que ficou eternizada na voz da incrível Cássia Eller. Com “Temporal”, Nando parecia dar um recado. Em meio ao clima político, aqueles que assistiam e ouviam também tinham plenas convicções do voto que dariam dali alguns dias. Com o fechamento dos dois clássicos citados anteriormente, o show estava em seu ápice.

Com uma comunicação tímida à plateia, Pitty e Nando conduziam as próximas canções, trazendo calmaria com “Resposta” e explosão com “Deja Vu”. Em linhas gerais, o caminho feito pelos músicos parecia trazer os melhores hits de cada álbum de estúdio. Conhecendo mais o repertório de Pitty, ficou evidente que todos os seus álbuns, com excessão do Agridoce foram contemplados. Destaque maior para sua estreia com o Admirável Chip Novo, que trouxe o maior número de canções para o palco.

“Luz dos Olhos” e “Relicário” trouxeram Cássia Eller mais uma vez para perto, tendo em vista que a cantora, falecida em dezembro de 2001, também utilizou essas composições de Nando Reis em seu repertório. Com uma nova energia e novos arranjos, as músicas se tornaram únicas na parceria com Pitty. Depois de “Me Adora”, cantada em uníssono pelos presentes, a escolhida para encerrar foi “Máscara” que contou ainda com um trecho de “Não Vou Me Adaptar”. Porém, quando todos acreditavam que o show havia terminado, veio o Encore.

(Portal Pop3/Reprodução)

Para encerrar de verdade, Pitty e Nando escolheram a inigualável “Segundo Sol” (dá pra perceber como Nando e Cássia eram unha e carne, não é mesmo). E entre as últimas canções estavam as calmas “Mantra” e “Serpente” — quando eu já estava pensando que o SETEVIDAS seria esquecido em churrasco. Em linhas gerais, foi um show bastante satisfatório para quem é fã de pelo menos um dos artistas.

Porém, sendo fã dos dois a experiência é ainda melhor. Confesso que foi muito bom poder cantar todas essas músicas vibrando com os dois no palco e visualizar também os membros da banda, como o baterista Daniel Weskler, também conhecido como marido de Pitty, Martin Mendonça, seu parceiro de Agridoce, e também Paulo Kishimoto, do baixo e percussão.

Fique ligado aqui no Portal Pop3 para saber qual será a nossa próxima tour, hein. Não perca!

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Escritor por vocação, acadêmico por forçação de barra e apaixonado por televisão desde que Chaves começou a ser exibido no SBT. Graduando em Cinema e Audiovisual que ainda acredita em um encontro inesperado com Hayao Miyazaki.