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All That Jazz e a volta ao Brasil em 1 hora no 42º Festival Internacional de Música de Londrina

Grandes feras da música se reúnem para apresentação no 42º Festival Internacional de Música de Londrina

Publicado em 18 de julho de 2022, por O Pop de Londrina

Por meio de uma visão profunda sobre o Brasil e a linguagem dos sons, é assim que temos início à noite de 15 de julho, no Cine Teatro Universitário Ouro Verde, com o show Um Olhar Interior. E é claro que um programa como esse exige a presença de músicos notáveis.

(Portal Pop3/Reprodução)

Primeiramente, esse texto é uma narrativa sobre como foi a minha experiência assistindo a um grupo de Jazz. Estou aqui apenas como uma espectadora, que se divertiu e amou cada segundo dessa viagem impressionante. Antes da magia da música começar, gostaria de parabenizar cada organizador do FIML, que fizeram um trabalho impecável.

As luzes se acendem e os instrumentos ganham vida. A bateria e os gongos melódicos pelas mãos de Sérgio Reze, o clarinete pela energia de Alexandre Ribeiro, o piano e o acordeon pelo toque de Daniel Grajew e, por último, o contrabaixo pelo gingado de Sidiel Vieira.

(FIML/Reprodução)

Iniciamos no Rio de Janeiro, com Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, K-Ximbinho, Noel Rosa e Vadico. Os instrumentos criam conexões entre si, os músicos também, e a partir daquele momento somos transportados pela brasilidade do Maxixe, do Choro, do Samba, da Bossa Nova… Revisitamos grandes compositores e nomes da música brasileira.

Em uma composição mais livre e diferente, nós ouvimos “Asa Branca, Trenzinho Caipira e Lôro”, afinal, conforme Sérgio Reze disse: “Nordeste trouxe uma amálgama para o Brasil” e consagrou o cenário musical brasileiro. O grupo apresentou rearranjos autorais com o ritmo cultural dos clássicos, tendo a improvisação como destaque.

Voltamos ao Rio de Janeiro, com “Chega de Saudade” e “Manhã de Carnaval”. Depois nos estabelecemos em Minas Geral, que segundo Caetano é “onde o caldo engrossa” e temos um showzaço com a interpretação de “Clube da Esquina n.º 2”, com direito a um bis no final.

Claro, não poderíamos continuar essa caminhada cronológica sem passarmos por São Paulo, cidade em que o baterista construiu seu edifício musical. Terminamos o nosso passeio com “Chovendo na Roseira”, música que o conduziu a explorar outros instrumentos além da bateria, como os congos, que trouxeram um diferencial inesquecível nas canções, dedicada a Magali Campos e aos seus alunos.

(Portal Pop3/Reprodução

Para mim, apesar de não dominar essa arte, a música é carregada de sentimentos, e foi isso (e muito mais) o que eu consegui absorver do espetáculo do quarteto. Existia harmonia não apenas nos instrumentos, mas entre eles mesmos. Os sorrisos, os olhares, os corpos, tudo ali se expressavam e dialogavam com o público e a noite de sexta-feira.

(FIML/Reprodução)

Os músicos estiveram ao longo da semana do FIML ministrando aulas, cada um do seu respectivo instrumento. Confira um trecho divulgado pelo Instagram oficial do Festival Internacional de Música de Londrina.

O Festival encerrará hoje com o concerto “Quinteto Metais do Paraná e convidados”, compre seu ingresso pelo Sympla.

Fotos da Divulgação: Fábio Alcover

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Por meio das palavras eu descobri o meu imaginário e o poder em explorar o que há de maravilhoso por aí. Escritora/ redatora, consumista literária, amante de filmes de terror e músicas com guitarras "barulhentas."