Conjuring Kesha abre a temporada de horror com arrepios, diversão e despretensão
Com convidados especiais, Kesha realiza um turismo macabro norte-americano e mergulha no mundo sobrenatural com descontração
Publicado em 12 de julho de 2022, por João Schiavo • Estreias, Reality ShowApós anúncios tímidos, mas muito empolgados por parte da artista, finalmente viu a luz do dia a docu-série-reality Conjuring Kesha — batizado no Brasil como Invocação Paranormal com Kesha — é uma produção original da Discovery+, na qual Kesha, um dos ícones pop globais mais divertidos das últimas décadas, visita lugares mal-assombrados pelos Estados Unidos, na intenção de realizar interações paranormais, explorar experiências sobrenaturais e contatos de graus diversos.
O programa, que é uma extensão do podcast Kesha and the Creepies, estreou no último dia 08, exclusivamente na plataforma de streaming da Discovery. Com dois episódios disponíveis, já pude sentir um pouco da proposta da 1ª temporada — e, confesso, já quero uma segunda.
No piloto, Kesha leva a comediante e atriz Whitney Cummings para visitar por dois dias inteiros a macabra e abandonada Penitenciária Estadual de Brushy Mountain, localizada na cidade de Petros, no condado de Morgan, Tennessee. Tida como um dos locais mais apavorantes de toda a América do Norte, a prisão foi inaugurada em 1896 e operou até meados de 2009.

A fachada do inferno na terra, a Penitenciária Estadual de Brushy Mountain é aberta a visitações pontuais para os corajosos. (Discovery/Reprodução)
Segundo a história, o local foi palco da morte de mais de 10 mil reclusos, muitos deles em regime de prisão perpétua por crimes hediondos. Durante a narrativa do episódio, a cantora e a atriz conversam com ex-funcionários e com as atuais donas do espaço, que relatam casos bizarros ocorridos durante o funcionamento e após o fechamento da instituição. Degolamentos, assassinatos, enforcamentos, suicídios, rebeliões, mortes por espancamento e até supostos rituais satânicos se tornaram comuns na Bloody Brushy, apelido “carinhoso” que a penitenciária recebeu após ficar famosa por seus terríveis acontecimentos.
Após a apresentação dos espaços da Unidade, e das visitas para reconhecimentos de local, Kesha convida um paranormal para realizar a ponte entre as possíveis comunicações sobrenaturais e ela. Diversos equipamentos profissionais são espalhados entre a o antigo hospital e a Ala B de Brushy Moutain. Para os ex-funcionários que já vivenciaram experiências paranormais no local, esse caminho é o de maior aprofundamento espiritual – ou seja, se alguma invocação maligna fosse ocorrer, seria nesse trajeto.
Sem mais spoilers, convido a todos para assistirem o episódio. Apesar da descrição assustadora, a diversão e a despretensão são grandes protagonistas da produção. O jeito descontraído de Kesha ajuda a quebrar o gelo, e Whitney não fica atrás. Durante os mais de 40 minutos, é impossível sequer piscar diante dos acontecimentos captados pelas câmeras. Vale a pena cada segundo, ainda que com medinho. Veja abaixo um trechinho de uma entrevista que a cantora deu sobre o lançamento e ainda sobre seu futuro musical:
Já no segundo episódio, acompanhada da cantora Betty Who, Kesha visita a Antoinette Hall Opera House, uma das casas de show mais antigas dos Estados Unidos, atualmente abandonada e em processo de reconstrução. O espaço, que é conhecido por ter sido construído em cima de um território significativo para os nativos estadunidenses, ainda tem em seu solo terra manchada de sangue. Os relatos são de que, além de mal-assombrada, a Opera House é o ‘palco da morte’, onde mais de uma dezena de espíritos reside e apavora os que ousam adentrar seus escombros.
Nesse episódio, acontecem as interações sobrenaturais mais firmes da temporada, até então. Também sem contar detalhes, apenas deixo o gostinho de que Kesha e Betty conseguiram captar nas câmeras e áudios provas sinistras das aparições conhecidas no local. Inclusive, um pedido claro de expulsão, solicitando que a produção do show e as cantoras ‘deixassem-os em paz’. Nesse momento, assistindo no escuro, admito que dei uma estremecida. Até os mais céticos podem se assustar com os registros deste capítulo.

O palco principal da Antoinette Hall Opera House é onde os fantasmas dançam e se divertem, muitas vezes, com o pânico dos humanos que ousam lhes incomodar. (Discovery/Reprodução)
A produção ainda terá mais episódios ao longo das próximas semanas, com os convidados Jojo Fletcher, Big Freedia, GaTa, Karen Elson. No ar até o início de agosto, Conjuring Kesha traz a leveza da artista, anteriormente conhecida como festeira e brilhante, envolta num universo sobrenatural e bastante caótico, o que é um prato cheio para quem gosta do tema cultura pop e terror.
Não é de hoje que Kesha explora sua conexão com o universo paranormal, mas essa é a tacada mais aprofundada da artista dentro desse nicho. Se você tiver coragem, curiosidade ou gostar desse tipo de entretenimento, Conjuring Kesha vai deixar sua temporada de horror ainda mais assustadora. Todas as sextas-feiras, dois novos episódios chegam ao Discovery+, e com eles, a promessa de mais sustos, mais diversão e mais Kesha.
Veja abaixo o trailer oficial da produção e arrepie-se enquanto se diverte!
Os episódios chegarão semanalmente ao Discovery+!